A máxima "uma imagem vale por mil palavras" deveria ter se restringido à semiótica, mas foi levada muito a sério e acabou definindo uma nova era onde não mais nos aprofundamos, ao contrário, emergimos. A estética de hoje se resume à casca: a capa do livro define o conteúdo; heróis são forjados à maquiagem; beleza = {botox, photoshop, abdmomen tanquinho}; carros e grifes famosas definem o que chamamos de elite e alta sociedade; engravatados são confundidos com seres superiores e pessoas na televisão com deuses; progresso é inventado e materializado em outdoors; alegria é empacotada em kits de micaretas; novelas são modelos de civilizacão; e finalmente felicidade se resume a união de tudo isso.
Não me entendam errado, não quero aqui posar de superior e dizer algo pomposo do tipo: Infeliz daquele que é "feliz", pois não tem nada. Para isso teria que me excluir da nossa "sociedade de plástico", mas também vivo com um pé na "superficie". É dificil se desvincular quando o meio te puxa para cima. Mas me vigio para nunca esquecer que removendo a casca, somos todos iguais num ponto: pequenos e perdidos diante da grandeza da existência.
Não me entendam errado, não quero aqui posar de superior e dizer algo pomposo do tipo: Infeliz daquele que é "feliz", pois não tem nada. Para isso teria que me excluir da nossa "sociedade de plástico", mas também vivo com um pé na "superficie". É dificil se desvincular quando o meio te puxa para cima. Mas me vigio para nunca esquecer que removendo a casca, somos todos iguais num ponto: pequenos e perdidos diante da grandeza da existência.