Nos meses que antecedem as eleições é comum ter esse tema, as eleições, como assunto principal em qualquer reunião social. Normalmente as pessoas, quando tem, divulgam seus candidatos e explicam o motivo dos seus votos. Principalmente quando se trata dos candidatos à presidência, já que estes possuem uma cobertura mais ampla da mídia. Eu tenho observado um fato recorrente nas rodas de conversa em que eventualmente participo, os eleitores propensos a votar na candidata Dilma Rousseff apresentam a mesma motivação, independente de sua classe social ou nível de escolaridade. A massa pobre e com pouca escolaridade, que é quem efetivamente elege, tem medo de perder o bolsa família; os servidores públicos tem medo de congelamento de salário; e a parcela da iniciativa privada que presta serviços ao governo quer continuar com seus negócios intrépidos, que segundo a mídia e senso comum, são facilitados pelo governo vigente mediante pagamento de propina. Quando eu questiono as pessoas com esse tipo de motivação, recebo a seguinte resposta recorrente: "É lógico que eu penso assim, primeiro tem que estar bom para mim, depois para os outros". As implicações dessa linha de pensamento eu deixo para o leitor, como reflexão.
Com isso não quero dizer que só os eleitores da Dilma pensam assim, há claro a parcela de eleitores que usam a mesma motivação para os outros candidatos, mas essa tendência é mais notória justamente no conjunto de eleitores da Dilma, o que se explica em parte pelo fato da candidata em questão personificar o próprio Lula e a continuação de seu governo. Sob o meu ponto de vista, o perfil dessa parcela de eleitores é definido pela máxima popular que intitula esse post. Logicamente, as minhas conclusões se baseiam em um pequeno número de observações e na mídia, portanto seria insensato generalizar, mas dados os resultados das pesquisas de opinião atuais, eu tenho uma forte razão para suspeitar que essa motivação eleitoral se confirma em larga escala.
Logicamente, o próprio conceito de democracia implica no voto livre, ou seja, o voto do indíviduo deve ser respeitado independentemente de suas motivações. O que deve ser lembrado é que o voto, apesar de ser individual, não deve ser individualista. Eu não acho as propostas de governo dos três candidatos liderando as pesquisas de opinião significativamente diferentes uma das outras, mesmo porque há a promessa de continuidade, por todos os três candidatos, dos pontos considerados como positivos do governo Lula. Lembrando que o sucesso do próprio governo Lula se deve, em grande parte, ao fato do governo ter dado continuidade a muitos projetos iniciados em governos anteriores, sendo o mais notório o plano real. Sendo assim, eu não posso votar na Dilma, apesar de também poder usar a mesma motivação, assim como fazem muitos dos meus colegas (sou servidor público), pois não acho que um eventual aumento de salário, promessa que também consta, de certa forma, nas propostas de governo dos outros candidatos, justifiquem um governo que flerta com idéias de extrema esquerda (e.g., censura da imprensa), que defenda regimes ultrapassados, autoritários e fracassados (e.g., Irã e Venezuela), que faça pouco caso da justiça eleitoral (e.g., presidente fazendo propaganda eleitoral antes do período oficial), que faça alianças inescrupulosas (e.g., Sarney, Collor, Renan Calheiros) e que faça da corrupção no poder público lugar comum no cotidiano brasileiro.
Com isso não quero dizer que só os eleitores da Dilma pensam assim, há claro a parcela de eleitores que usam a mesma motivação para os outros candidatos, mas essa tendência é mais notória justamente no conjunto de eleitores da Dilma, o que se explica em parte pelo fato da candidata em questão personificar o próprio Lula e a continuação de seu governo. Sob o meu ponto de vista, o perfil dessa parcela de eleitores é definido pela máxima popular que intitula esse post. Logicamente, as minhas conclusões se baseiam em um pequeno número de observações e na mídia, portanto seria insensato generalizar, mas dados os resultados das pesquisas de opinião atuais, eu tenho uma forte razão para suspeitar que essa motivação eleitoral se confirma em larga escala.
Logicamente, o próprio conceito de democracia implica no voto livre, ou seja, o voto do indíviduo deve ser respeitado independentemente de suas motivações. O que deve ser lembrado é que o voto, apesar de ser individual, não deve ser individualista. Eu não acho as propostas de governo dos três candidatos liderando as pesquisas de opinião significativamente diferentes uma das outras, mesmo porque há a promessa de continuidade, por todos os três candidatos, dos pontos considerados como positivos do governo Lula. Lembrando que o sucesso do próprio governo Lula se deve, em grande parte, ao fato do governo ter dado continuidade a muitos projetos iniciados em governos anteriores, sendo o mais notório o plano real. Sendo assim, eu não posso votar na Dilma, apesar de também poder usar a mesma motivação, assim como fazem muitos dos meus colegas (sou servidor público), pois não acho que um eventual aumento de salário, promessa que também consta, de certa forma, nas propostas de governo dos outros candidatos, justifiquem um governo que flerta com idéias de extrema esquerda (e.g., censura da imprensa), que defenda regimes ultrapassados, autoritários e fracassados (e.g., Irã e Venezuela), que faça pouco caso da justiça eleitoral (e.g., presidente fazendo propaganda eleitoral antes do período oficial), que faça alianças inescrupulosas (e.g., Sarney, Collor, Renan Calheiros) e que faça da corrupção no poder público lugar comum no cotidiano brasileiro.