Antes que alguem fale:
1 - "Lá vem o chato falar de novo do Brasil."
2 - "Nao gosta te muda bombom de alho."
3 - "E ainda por cima olha a ousadia do cara, nao é cientista político, economista ou ao menos sociólogo e quer propor uma solucao pro Brasil."
Eu já respondo:
1 - Eu sou chato mesmo, as vezes nem eu me aguento.
2 - O pior é que eu gosto, nao de bombom de alho, mas do Brasil.
3 - Nao sou mesmo, e na minha própria pesquisa tem horas que eu nao consigo achar solucoes pra problemas bem mais simples, mas assim como a música o blog é meu escape (ver post "Conversa fiada"). Entao puxe a cadeira, encha o copo e sinta-se livre pra argumentar. Bem-vindo ao meu bar.
Basta falar sobre política e alguem sai com uma opiniao pré-formada sobre o que deve ser feito para o Brasil deixar de vez a condicao de terceiro mundo. Uns falam que a educacao tem que ser priorizada, outros que mais empregos tem que ser criados, outros que a infra-estrutura tem que ser melhorada, outros que a corrupcao tem que acabar e etc... A lista é longa e distinta, e cada frente leva a uma possível solucao, mas eu quero me concentrar no aspecto político, pois um país que vai bem economicamente nao necessariamente se traduz em um país justo e civilizado, vide China, Índia e o próprio Brasil por exemplo.
Primeiro definimos o problema e depois juntamos os componentes necessários para atacá-lo. Nesse sentido, a primeira pergunta que se deve fazer é: o que leva uma pessoa (principalmente no Brasil) a seguir a carreira política? Eu diria interesses pessoais claro, basta ler os noticiários. Em outras palavras, melhorar a sua vida e a dos seus. Generalizo sem medo, pois o desvio padrao nesse caso é muito pequeno. Como exemplo, vejamos o nosso estado, o Maranhao, um dos estados mais pobres do Brasil. Qual o estereótipo de um prefeito de interior? Casarao, carros importados, geralmente pick-ups 4x4 (por causa da condicao das estradas) e apartamentos na capital para os filhos que geralmente estudam em universidades particulares. As condicoes da respectiva cidade nao mudam, mas o padrao do prefeito e sua família sim e rápido, basta assumir, o que nunca é justificado já que o salário de um prefeito é geralmente calculado com base na renda do município e portanto nao deve ser muito.
Quando o cuidar do público vira um bom negócio, uma legiao de aproveitadores se estabelece e se prontifica a manter o bom negócio funcionando.
Dessa forma o problema tá bem definido, há um ciclo vicioso de interesses pessoais que faz a máquina pública nao funcionar direito, e eu argumento que o que precisamos é de algo que quebre esse ciclo.
Antes de juntar as pecas para atacar o problema precisamos examinar alguns aspectos da nossa democracia, e como eu já to ficando cansado e hoje é domingo e vai comecar um filme bom agora, eu continuo o raciocínio no próximo post.
Nenhum comentário:
Postar um comentário